Menos siglas, mais impostos? No final, a conta é sua.
Quando o assunto é imposto, todo mundo tem uma história. Pode ser o susto ao olhar a nota fiscal, a dúvida na hora de empreender, ou simplesmente a sensação de que, por mais que a gente pague, o retorno não vem na mesma proporção. E aí veio a tal da Reforma Tributária — prometendo resolver parte desse problema.
O discurso era sedutor: simplificar o sistema, unificar tributos, reduzir a burocracia e tornar tudo mais transparente. Um sistema mais justo, onde todos pagam de forma proporcional, com menos confusão e mais eficiência.
Menos siglas. Menos complexidade. Mais clareza.
Mas, na prática, o que mudou?
Trocaram as siglas. Mas e a conta?
A verdade é que boa parte da população ainda está tentando entender o que significa essa troca de PIS, COFINS, ICMS, ISS por siglas como CBS e IBS. O nome muda, mas o impacto… continua — ou pior: aumenta sem a gente perceber.
A carga tributária brasileira já era uma das mais altas do mundo. E, mesmo com a promessa de simplificação, ela não caiu. Em alguns setores, estudos já indicam que pode até subir.
Ou seja: trocamos uma sopa de letrinhas por um prato mais “organizado”, mas com um tempero mais amargo — e o consumidor nem sempre sabe o que está engolindo.
Imposto invisível é imposto perigoso
O grande problema não é só o valor, é a falta de clareza.
Quando o sistema é complexo, a gente reclama que não entende. Quando ele é mais simples, mas os impactos continuam altos — e pouco explicados —, a sensação é ainda pior: a de que estamos sendo enganados com menos palavras.
A reforma prometia justiça, mas o que muita gente está percebendo é que, no fim das contas, a diferença ficou mais na forma do que no conteúdo. A cobrança continua vindo. Os preços continuam subindo. E o retorno — seja em saúde, educação, segurança ou infraestrutura — continua aquém.
Quem paga a conta no final?
Você. Eu. Quem empreende. Quem consome. Quem produz.
Porque, mesmo que a gente ache que imposto é coisa de empresa, ele está embutido em tudo: da passagem de ônibus ao streaming, da comida no prato ao pacote de dados do celular.
A conta vem — parcelada e silenciosa — em cada escolha de consumo que a gente faz.
O Feirão do Imposto 2025 quer te ajudar a enxergar isso com clareza
Neste ano, o Feirão traz uma provocação direta:
Menos siglas, mais impostos? No final, a conta é sua.
A gente quer te convidar a olhar para além do que está escrito na embalagem.
A entender que simplificar o sistema não significa pagar menos, e que “modernizar” a cobrança sem transparência é só pintar o rótulo da mesma conta.
Nosso papel é decifrar essa nova realidade com você — de forma clara, acessível, sem juridiquês.
Porque você tem o direito de saber o que está pagando, por que está pagando, e principalmente, o que está (ou não) recebendo em troca.
No final, o que fica?
Reforma não pode ser só promessa.
Simplificação não pode esconder aumento.
Transparência não pode ser opcional.
E justiça fiscal não pode ser um discurso vazio.
No final, a conta é sua — e você merece entender cada linha dela.